A solução
Tristeza, esta coisa de lojas que fecham. Será por falta de tempo ou motivo correlato? Pessoas que escrevem muito e em muitos sítios arriscam a seriedade e a compostura, a qualidade e a coerência. Até a sanidade. Além de outras coisas que não se devem mencionar em público. Demais, este tipo de escrita é sine pecunia. Mas fechar a loja? Será inexorável? Já houve outro protesto.
Pode ser, porém, problema de pessoas individuais, a que eventualmente escapem as colectivas. Parece que Rembrandt assinava quadros dos discípulos: não porque quisesse apropriar-se deles, mas para certificar que estavam a altura dele, o mestre. Daí que a solução não seja o blogue colectivo, mas a pessoa colectiva. Em vez de mil blogues a imitar Pedro Mexia — é um exemplo —, mil bloguistas a escrever para um único blogue — o de Pedro Mexia, para continuar o exemplo —, com todos os posts assinados por Pedro Mexia — é o mesmo exemplo, sim —, que assim certificava que tudo aquilo teria a “qualidade Mexia”, embora não tivesse sido escrito por ele, Mexia (mero exemplo).
Rarefaziam-se os blogues, extirpavam-se as pretensões de originalidade e expressividade, dava-se sério golpe nessa pretensão de autoria, e enfim deixava-se escrever quem quer escrever — o mais importante.
Pode ser, porém, problema de pessoas individuais, a que eventualmente escapem as colectivas. Parece que Rembrandt assinava quadros dos discípulos: não porque quisesse apropriar-se deles, mas para certificar que estavam a altura dele, o mestre. Daí que a solução não seja o blogue colectivo, mas a pessoa colectiva. Em vez de mil blogues a imitar Pedro Mexia — é um exemplo —, mil bloguistas a escrever para um único blogue — o de Pedro Mexia, para continuar o exemplo —, com todos os posts assinados por Pedro Mexia — é o mesmo exemplo, sim —, que assim certificava que tudo aquilo teria a “qualidade Mexia”, embora não tivesse sido escrito por ele, Mexia (mero exemplo).
Rarefaziam-se os blogues, extirpavam-se as pretensões de originalidade e expressividade, dava-se sério golpe nessa pretensão de autoria, e enfim deixava-se escrever quem quer escrever — o mais importante.
Voilá! Eis a solução. Tem alcance universal. E inclui o plágio. Ou melhor: o plágio é uma variante desta solução.